Fórum coloca em debate os conflitos armados
Conflitos armados e os Direitos Humanos é o tema do Fórum dessa semana, que convidou o Juiz de Direito e Presidente da Associação Internacional das Justiças Militares, Getúlio Côrrea e o Especialista em Conflitos e Consultor Jurídico do Senado, Tarciso Dal Maso Jardim, para discutir o assunto.
Conflitos armados e os Direitos Humanos é o tema do Fórum dessa semana, que convidou o Juiz de Direito e Presidente da Associação Internacional das Justiças Militares, Getúlio Côrrea e o Especialista em Conflitos e Consultor Jurídico do Senado, Tarciso Dal Maso Jardim, para discutir o assunto.
As guerras estão presentes ao longo da história da humanidade. De acordo com Tarcísio Dal Maso os motivos que incitam esses conflitos acabaram mudando com o tempo, mas ainda tem uma temática próxima: o poder, o poder econômico, a geopolítica, a dominação de espaço e algum problema relacionado ao estranhamento entre populações por motivos religiosos ou éticos. "O que nós notamos na segunda metade do século XX é que houve um incremento muito grande de conflitos armados internos. Eles possuem uma configuração mais voltada para as questões mais éticas e religiosas, mas também, por vezes, misturado a tudo isso há o aspecto econômico" explica o consultor. Ele conta que um estudo aponta que, infelizmente, as guerras mais clássicas voltaram ao cenário internacional, como a Guerra do Iraque. Guerras como a que está acontecendo no Norte da África, na Líbia, tem um diferencial se comparada às demais. "É o componente da intervenção internacional, capitaneada ou ao menos tolerada por um organismo multilateral, e aí, há sempre uma dificuldade saber qual o motivo do conflito armado", avalia o especialista em conflitos.
Para o Juiz de Direito Getúlio Côrrea, hoje em dia é raro ver um conflito que não envolva interesse econômico. "A resolução é clara no sentido de que é a favor ou em benefício de vítimas, proteção de civis, mas você sabe que não é", afirma. Getúlio conta ainda que sua grande preocupação é com relação ao papel da ONU em situações de conflito. Ele diz que a ação da Organização deve ser mais preventiva, e, no entanto, o que tem acontecido é o contrário, agindo apenas depois do fato consumado. "Eu vejo a ONU desempenhando um papel muito mais reativo do que preventivo. A principal missão da Organização das Nações Unidas é a manutenção da paz". O Juiz afirma ainda que já foi feito um relatório que fala da economia feita caso a ONU invista na prevenção dos conflitos armados. "Esse relatório diz que ela (ONU) gastaria milhões de dólares a menos se investisse preventivamente do que gasta posteriormente na solução de conflitos", conta Getúlio Côrrea.
O Fórum tem um canal direto com você. Encaminhe a sua sugestão para fórum@stf.jus.br
Publicação da TV Justiça: http://www.tvjustica.jus.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário