Brasil.Jus desembarca no Espírito Santo
Nesta semana, o Brasil.Jus desembarca no Espírito Santo. Nossa primeira parada é em Ibiraçu, que fica a 70 quilômetros da capital, Vitória, colonizada por imigrantes do norte da Itália. A cidade é cercada pela Mata Atlântica e tem o primeiro mosteiro budista construído na América Latina. Foi no mosteiro que nossa equipe encontrou o juiz Gedeon Rocha Lima Junior, da Primeira Vara Cível de Ibiraçu. Ele é o idealizador do projeto Amigos da Justiça, que busca parceiros para resgatar crianças e adolescentes em situação de risco ou que precisam cumprir medidas sócio-educativas.
Entre os parceiros do projeto, estão os monges budistas que, uma vez por semana, meditam com as crianças e os adolescentes levados pelo juiz. Outra parceria dos Amigos da Justiça foi feita com uma fábrica de violinos. Em regime de comodato, as crianças podem usar os violinos para ter aulas de música. Ivan foi um dos jovens que se transformou a partir das aulas: de garoto indisciplinado e intolerante passou a se dedicar aos estudos e tomou gosto pelo violino.
De Ibiraçu nossa equipe segue para outra cidade capixaba: Viana. Localizada perto do Porto de Vitória, e das principais rodovias que cruzam o país, a cidade tem como principal atividade o transporte de cargas. As principais transportadoras do país estão sediadas em Viana. Formada principalmente por açorianos, índios e africanos, a cidade preserva sua história com uma Casa de Cultura.
Em Viana, encontramos a juíza Maria Aparecida Lopes Gomes. Em parceria com a Prefeitura e o Governo Estadual, o Judiciário local montou o Centro Integrado do Cidadão, lugar em que a população pode buscar seus direitos. A juíza Maria Aparecida montou lá um Programa de atenção às famílias, uma forma de recuperar indivíduos com histórico de violência em casa sem a necessidade de punição criminal.
O programa inclui uma assistente social, uma psicóloga e uma socióloga. Dessa forma, famílias destruídas estão conseguindo se reerguer. Mauro Amorim, por exemplo, era dependente das drogas e do álcool, agredia a mulher e chegou a colocar fogo na casa. Com a audiência de reconciliação e o tratamento, hoje ele resgatou a família e está construindo um novo lar. "Hoje eu posso olhar as coisas com outros olhos e perceber o quão mal eu fiz à minha família. Eu falo que foi feito justiça realmente comigo, eu tive apoio", se emociona Mauro.
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