domingo, 30 de maio de 2010

Programa Refrão

Programa recebe a banda Móveis Coloniais de Acaju

Uma mistura de rock, ska, ritmos brasileiros e do leste europeu produzida por dez músicos reunidos em uma banda que tem um nome tão irreverente quanto à própria proposta do grupo: Móveis Coloniais de Acaju. Formada em 1998, a banda já é considerada por especialistas em produção musical a precursora de uma nova geração do rock brasileiro.

No Refrão desta semana o Móveis Coloniais de Acaju toca a música "Sem Palavras", uma canção que alerta sobre o risco de falar no momento errado. "Tem gente que, para se defender, usa o direito de ficar calado para não se incriminar, porque muitas vezes a pessoa pode gaguejar, se atropelar com as palavras e acaba se incriminando", explica Fabio Pedroza, baixista da banda.

Em 2007 a música "Sem Palavras" foi escolhida para estar na lista de 50 melhores canções da revista Rolling Stone, especializada em música e cultura. A canção cita também a possibilidade de se comunicar com o olhar - uma outra forma de expressão. Afinal, os integrantes do Móveis Coloniais de Acaju se interessam pelas diversas formas de comunicação. Para eles, a internet, por exemplo, é um meio que facilita o trabalho das bandas independentes. "Todas as nossas músicas estão na internet. É uma forma eficiente de divulgação", afirma André Gonzáles, vocalista.

O Refrão conta ainda com a participação do advogado Pedro Paulo Castelo Branco.


Confira a letra da canção:

SEM PALAVRAS
Móveis Coloniais de Acaju

Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar (hum!)

Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?

Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é oco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não!

Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entende

Nenhum comentário:

Postagens populares