domingo, 28 de novembro de 2010

Programa Refrão

O rock na luta contra a violência doméstica agita o Refrão

Em festa que celebre o rock dos anos 80, uma balada é obrigatória: Camila, Camila! Da banda gaúcha Nenhum de Nós, o sucesso que tem nome de mulher e provoca euforia nas pistas de dança, foi a forma encontrada por seus integrantes para protestar contra as agressões que uma jovem colega sofria: "O marido dela era violento, rude, grosseiro... a gente ficou sabendo de alguns episódios envolvendo essa relação e numa conversa a gente decidiu escrever sobre isso. Cercamos o assunto sem ser óbvio", explica o vocalista do grupo, Thedy Corrêa, no Refrão que vai ao ar neste domingo.

No programa, o grupo que também é composto por Carlos Stein (guitarra), Sady Hömrich (baterista), Veco Marques (violão) e João Vicenti (teclado), apresenta uma versão mais intimista da canção, sem bateria. E esclarece o que chamam de "enigmas" de Camila, Camila - como o trecho da canção que diz: "e eu, que tinha apenas 17 anos, baixava a minha cabeça pra tudo. Era assim que as coisas aconteciam, era assim que eu via tudo acontecer". Afinal, quem era esse "eu"? Camila, ou os próprios autores da música - Carlos, Sady e Thedy? Ficou curioso para saber a resposta? Então não perca o Refrão desta semana!

Além da conversa sobre violência doméstica, o programa mostra ainda a trajetória dessa banda de pop rock fundada em 1986, que passou recentemente pela China e lança em breve um novo disco com músicas inéditas.



Confira a letra da canção

Camila, Camila
Composição: Carlos Stein / Sady Hömrich / Thedy Corrêa

Depois da última noite de festa
chorando e esperando amanhecer, amanhecer
as coisas aconteciam com alguma explicação
com alguma explicação

Depois da última noite de chuva
chorando e esperando amanhecer, amanhecer
às vezes peço a ele que vá embora
que vá embora

Camila, Camila, Camila

Eu que tenho medo até de suas mãos
mas o ódio cega e você não percebe
mas o ódio cega

E eu que tenho medo até do seu olhar
mas o ódio cega e você não percebe
mas o ódio cega

A lembrança do silêncio
daquelas tardes, daquelas tardes
da vergonha do espelho
naquelas marcas, naquelas marcas

Havia algo de insano
naqueles olhos, olhos insanos
os olhos que passavam o dia
a me vigiar, a me vigiar

Camila, Camila, Camila

E eu que tinha apenas 17 anos
baixava a minha cabeça pra tudo
era assim que as coisas aconteciam
era assim que eu via tudo acontecer

Publicação da TV Justiça: http://www.tvjustica.jus.br/

Nenhum comentário:

Postagens populares