Fórum debate o Exame Nacional do Ensino Médio
O Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, avalia conhecimentos obtidos até o término do ensino médio. Ele é usado como parte do processo seletivo de centenas de Instituições de Ensino Superior públicas e privadas. A nota do Enem é critério fundamental na seleção para as bolsas do Prouni (Programa Universidade para Todos).
Nos dois últimos anos o exame tem enfrentado problemas tanto de ordem técnica quanto criminal. O que tem contribuído para o descrédito do programa. Para falar do assunto, o apresentador Rimack Souto recebe para o debate Augusto Rola Teles - relator da Subcomissão de Educação da OAB DF, e Remi Castioni - especialista em Políticas Educacionais.
A primeira prova do Enem teve um nível baixíssimo de participação, aproximadamente 300 mil inscritos. Ao longo dos anos o programa teve a aceitação dos estudantes. Este ano foram mais de quatro milhões de inscrições. Tanta procura trouxe à realidade uma série de problemas que deixaram claro fragilidades no programa. "O Ministério da Educação precisa rever seus conceitos de contratação de empresas terceirizadas para elaboração das provas. O que tem ocorrido são erros na elaboração e impressão das provas e o vazamento de informações", conta o relator da OAB.
Para o especialista Remi Castioni, o Ministério da Educação precisa melhorar seus processos. "Ano passado quando os alunos foram lançar suas notas, o sistema entrou em colapso. Mas não podemos ficar estagnados perante esses problemas. Temos que buscar alternativas para solucioná-los e preparar outras possibilidades que não tenham tantos transtornos como nós tivemos nos últimos dois anos", explica.
Remi conta que o exame foi criado para ser usado como nota para ingresso em algumas universidades e instituições federais de educação, mas ultimamente recebeu novas finalidades. "Essa ampliação extrapolou, e o Enem nos últimos anos assumiu outras características. Está servindo como atestado de conclusão do ensino médio. As pessoas estão buscando a aquisição do diploma por meio dele", afirma.
Outra questão que tem sido bastante discutida é o fato do exame passar a ser obrigatório. "Para que o Enem seja obrigatório, deve haver um investimento maior na educação. Principalmente no ensino público, que é o grande prejudicado." avalia Augusto Rola Teles. Quanto à idéia do exame ser diferente em cada estado, ele explica que a avaliação igual em todo o Brasil é uma medida de segurança. "A prova unificada é a maneira de evitar fraudes e não privilegiar ninguém", conclui.
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