Fórum fala sobre os crimes em família
O número de crimes cometidos por parentes com crueldade e motivação banal cresce a cada dia. Alguns ganharam destaque na imprensa. Entre eles, está o da jovem de Santana de Parnaíba, acusada de matar os pais com ajuda do marido no final do ano passado. O assassinato da menina Isabella Nardoni, em 2008, pelo pai e a madrasta, e o homicídio do casal Richthofen, em 2002. Os assassinos foram a filha deles, o namorado dela e o irmão do namorado. Para falar do assunto Rimack recebe no Fórum o psiquiatra forense Elias Abdala, e o advogado criminal Márcio Gesteira Palma.
O número de crimes cometidos por parentes com crueldade e motivação banal cresce a cada dia. Alguns ganharam destaque na imprensa. Entre eles, está o da jovem de Santana de Parnaíba, acusada de matar os pais com ajuda do marido no final do ano passado. O assassinato da menina Isabella Nardoni, em 2008, pelo pai e a madrasta, e o homicídio do casal Richthofen, em 2002. Os assassinos foram a filha deles, o namorado dela e o irmão do namorado. Para falar do assunto Rimack recebe no Fórum o psiquiatra forense Elias Abdala, e o advogado criminal Márcio Gesteira Palma.
Segundo Elias Abdala hoje em dia é muito comum encontrarmos pais que não conhecem seus próprios filhos. Seja por desinformação ou até mesmo, por se recusarem a conhecê-los. "Eles têm em mente que o comportamento do filho é fruto da educação que eles deram, mas não é verdade, porque a educação é parte do comportamento. Ninguém nasce uma folha em branco, todo mundo tem uma carga genética", explica. Ele afirma que um dos grandes problemas que a família moderna tem enfrentando é o distanciamento. "A dificuldade dos pais em falar com os filhos acaba gerando um vínculo frágil em termos afetivos. Os filhos não se apegam aos pais, que passam a ser pessoas não tão importantes na vida deles quanto outras".
Vale lembrar que em alguns casos o crime é cometido por uma pessoa que sofre algum tipo de transtorno. Situações que o Direito Penal trata como imputados. "O especialista vai dizer se o autor do crime tinha capacidade de entender o caráter ilícito do ato que estava provocando e se ele tinha também a possibilidade de uma vez entendendo essa licitude, se portar segundo aquele comportamento", conta Márcio Palma. E uma vez sendo considerado imputável, a pessoa fica isenta à pena. "Isso não quer dizer que ela não vai sofrer uma punição, ao invés de cumprir um mandado de prisão, uma sanção corporal, vai ser aplicada uma medida de segurança", explica o advogado criminal.
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