domingo, 23 de maio de 2010

Programa Refrão

Refrão traz música que foi sucesso na voz de Cássia Eller

Um homem aprende a escrever e faz uma carta de amor para a sua companheira, até com proposta de casamento. Mas a carta não chega ao destino certo. Para maior surpresa do remetente, a correspondência ainda vira música em uma rádio. E também sucesso na voz de Cássia Eller! É que essa história foi criada por Carlinhos Braw, Marisa Monte e Nando Reis, e transformada na música E.C.T.. A composição, que fala ainda sobre as mercadorias ilegais que passam pelos serviços postais, é o tema do Refrão deste domingo.

Em nosso programa, a música é interpretada e discutida pela cantora Paula Nunes e pelo músico Jorge Brasil, que moram em Brasília. No bate-papo com a jornalista Noemia Colonna, os artistas falam sobre a diminuição do envio de cartas pessoais pelos Correios, em virtude da Internet. "É muito mais fácil e rápido você mandar e-mails do que usar o serviço postal", justifica Jorge Brasil. Paula Nunes completa: "eu acredito que o e-mail seja bem mais seguro".

Por falar em segurança, o Refrão recebe o advogado dos Correios Marcos Martins para esclarecer o que a Empresa de Correios e Telégrafos faz ao identificar uma correspondência suspeita. Martins explica também o que acontece com quem desrespeita o princípio constitucional do sigilo das correspondências, ou seja, quem abre uma carta que não é sua indevidamente como expresso na canção E.C.T.: "a Lei 6.538/78, conhecida como Lei Postal, em seu artigo 40, prevê seis meses de detenção ou pagamento de multa. E quem se sentir ofendido pelo ato pode ainda buscar reparação do dano no Judiciário".



Confira a letra da canção

E.C.T
Carlinhos Brown/ Marisa Monte/ Nando Reis

Tava com cara que carimba postais
Que por descuido abriu uma carta que voltou
Levou um susto que lhe abriu a boca
Esse recado veio pra mim não pro senhor...

Recebo o crack, colante
Dinheiro parco, embrulhado em
Papel carbono e barbante
Até cabelo cortado
Retrato de 3x4
Prá batizado distante

Mas isso aqui, meu senhor
É uma carta de amor...

Levo o mundo e não vou lá...
Levo o mundo e não vou...
Mas esse cara tem a língua solta
A minha carta ele musicou
Tava em casa a vitamina pronta
Ouvi no rádio a minha carta de amor
Dizendo: - Eu caso contente
Papel passado e presente
Desembrulhado o vestido
Eu volto logo, me espera
Não brigue nunca comigo
Eu quero ver nossos filhos
O professor me ensinou
Fazer uma carta de amor...

Leve o mundo que eu vou já...
Leve o mundo que eu vou...

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