domingo, 6 de junho de 2010

Programa Refrão

Programa discute os direitos trabalhistas na música "Sábado"

No Refrão desta semana você vai conhecer um pouco mais sobre a cantora Angela Brandão. Nascida em Minas Gerais, ela está radicada em Brasília desde 1997 e já é considerada na cidade como uma das grandes revelações da música popular brasileira. A crítica especializada já a apelidou de "Noel Rosa de saias" em virtude de suas letras poéticas. No programa desta semana ela canta a música "Sábado", que está incluída no repertório do seu primeiro CD. "Sábado é a vontade de se entregar só para o que é leve, o que é bom, de fazer nada. O ócio é tão importante e a gente esquece dele", resume Angela.

A cantora é acompanhada no violão pelo músico Marcelo Lima. Por trabalharem com música, os dois concordam que nem sempre o dia de lazer pode ser dedicado aos finais de semana. "Eu, por exemplo, trabalho à noite tocando em bares, então o sábado é o dia que eu mais trabalho", comenta Marcelo.

Quem também participa do programa é o advogado trabalhista Mauro Menezes. Ele explica que a lei garante o dia de folga remunerado. "A Revolução Industrial foi o marco inicial do direito trabalhista. Com o tempo se percebeu que o tempo que o trabalhador podia dedicar à sua atividade em prol da indústria se reduzia, porque surgiam doenças profissionais, o próprio desgaste físico levava à eliminação daqueles trabalhadores. Então surgiu a necessidade de preservar fisicamente o trabalhador, surgiu a necessidade de oferecer a esse trabalhador, como um direito mínimo, como uma prerrogativa de dignidade da pessoa humana, a possibilidade de ter um dia de folga para conviver com a sua família, manter um convívio social, gozar de um lazer, enfim, fazer com que ele recarregue as suas energias e continue a sua vida de trabalho", explica o advogado.


Confira a letra da canção:

Sábado (sabe-se lá)
(Angela Brandão)

Deus, quando fez o universo
Trabalhou seis dias deixou um pra apreciar
Eu que sou bem mais perverso
Queria fazer o inverso
Mas como não posso também não vou reclamar
Só que chega sábado e eu não presto
A não ser pra me esparramar
Porque na vida de resto
Sabe-se lá...
Recolhe a rede, pescador
Tira o barco de alto mar
(odo iyá, Yemanjá)
Que sábado é dia de balangar
Na rede que Cristina
Criou no tear
Sábado, eh, ah,
Sábado, sábado, sádabo,
Sábado, sabe-se lá...
Longe ouço o som do tambor
Alguém começa a festejar
(Diz onde que eu vou pra lá)
Que sábado é dia de se entregar
Pra no dia seguinte
Cristina cuidar
Sábado, eh, ah...

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