domingo, 12 de dezembro de 2010

Programa Refrão

Refrão apresenta a música Verde em ritmo de samba de gafieira

A irreverência do samba de gafieira toma conta do Refrão. Nos arranjos inovadores do grupo brasiliense, Gafieira em Conserto, a canção "Verde", composta em 1985 por Eduardo Gudim e J.C. Costa Netto, ganha mais ritmo e um compasso diferente. A música, que fala sobre liberdade e esperança com o fim da Ditadura, ficou famosa em ritmo de bossa nova na voz de Leila Pinheiro. Pela interpretação, a cantora ganhou o título de revelação no Festival dos Festivais, produzido pela Rede Globo, também em 1985.

Integrado pelos músicos Nelsinho Serra (cavaco), Thiago Fernandes (clarineta e saxofone), Carlos Cárdenas (saxofone tenor), Westonny Rodrigues (trompete), Felipe Pessoa (violão 7 cordas), Junior Viegas (percussão) e Gabriel Carneiro (percussão), o grupo Gafieira em Conserto prioriza um repertório de músicas consagradas, com arranjos originais. Nesse sentido, a cantora Ana Cristina - convidada pelo grupo para interpretar "Verde" no Refrão - justifica a escolha da música: "Ela se torna atual por tratar da questão da liberdade. Na época (em que foi composta - 1985), era a liberdade de expressão. Hoje, é a liberdade na segurança, a nossa liberdade de ir e vir, que foi tolhida, como vemos no Rio de Janeiro". A referência de Ana Cristina é em relação às recentes operações militares no Complexo do Alemão, na capital carioca, para conter as ações dos traficantes na região.

No programa, os integrantes do grupo também falam sobre a importância da música como instrumento de protesto ou mesmo de veiculação de boas ideias. "A música tem um apelo social muito grande. Existe uma paixão do jovem por isso. Ela é muito fácil de ouvir - você não precisa estar lendo, pode estar dirigindo, estudando, tomando banho. E até mesmo sem ouvir música, você lembra, tem a memória musical. Então ela acompanha você em todos esses momentos e isso ajuda na compreensão de uma mensagem", esclarece Felipe.


Confira a letra da canção: Verde
Composição: Eduardo Gudin/Costa Netto

Quem pergunta por mim
Já deve saber
Do riso no fim
De tanto sofrer
Que eu não desisti
Das minhas bandeiras
Caminho, trincheiras, da noite
Eu, que sempre apostei
Na minha paixão
Guardei um país no meu coração
Um foco de luz, seduz a razão
De repente a visão da esperança
Quis esse sonhador
Aprendiz de tanto suor
Ser feliz num gesto de amor
Meu país acendeu a cor
Verde, as matas no olhar, ver de perto
Ver de novo um lugar, ver adiante
Sede de navegar, verdejantes tempos
Mudança dos ventos no meu coração
Verdejantes tempos
Mudança dos ventos no meu coração

Publicação da TV Justiça:

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