segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Programa Diversidades

A arte de marcar o corpo

O programa Diversidades, da TV Justiça, traz uma proposta diferente: ele conta a história de brasileiros que souberam transformar obstáculos em oportunidade de crescimento. No programa desta semana você vai conhecer o dia a dia de pessoas que resolveram fazer tatuagens para marcar momentos da vida. Vamos mostrar que a tatuagem pode simbolizar uma passagem importante, mas em alguns casos, uma barreira social.

Conheça a história de Luara Leão. Aos 20 anos ela tem boa parte do corpo tatuado, usa peircings e tem o cabelo pintado de vermelho. "Eu me sentia uma adolescente diferente, gostava de coisas diferentes, lia coisas diferentes, assistia a programas diferentes, então por que não marcar isso no visual?", questiona Luara. A primeira tatuagem veio aos 18 anos - um presente de aniversário - e cobre toda a parte superior das costas. Atualmente, com mais de cinco tatuagens grandes, Luara conta que teve dificuldade para arrumar emprego. Depois de passar por várias negativas, ela resolveu trabalhar num estúdio de tatuagem. "Não tem como ter preconceito num estúdio de tatuagem. As pessoas que te procuram aqui te admiram, te acham bonita, gostam do seu visual diferente (...) Eu aprendi que para ser aceita, vou ter que ser a melhor. Vou ter que convencer a pessoa que for me contratar futuramente, dos ganhos que ela vai ter em trabalhar com uma pessoa diferente", comenta.

Você vai conhecer também como é o cotidiano de Michelle França. Sua primeira tatuagem foi feita aos 14 anos, sem a permissão da mãe. Atualmente, já são sete, e ela chama atenção por onde passa, pois tem a parte superior dos dois braços cobertos por tatuagens orientais. Ao contrário de Luara, Michele nunca teve problemas profissionais por causa das tatuagens, e acredita que o que deve ser avaliado na hora de contratar alguém é o grau de conhecimento do funcionário. "Quando eu fiz as tatuagens eu tinha consciência dessa questão do emprego, mas depende da área que cada um vai atuar (...) Se eu tiver que fazer uma entrevista, eu me adéquo, vou de terninho, arrumada, e o resto é contar que a pessoa avalie a usa eficiência, e não a sua aparência", afirma.

O programa Diversidades mostra ainda uma decisão da Justiça sobre um candidato aprovado em concurso público mas que não pode assumir porque tinha uma tatuagem. O Desembargador Fagundes de Deus, do Tribunal Regional Federal da 1ª região, foi o relator do caso. Na decisão, ele afirmou que não há lei que impeça um candidato de ingressar no serviço público por causa de tatuagens. "Não cabe a qualquer órgão público estabelecer exigências para participar e ingressar em cargo público que não esteja estabelecido em lei. Se formos agir assim, poderíamos deixar que qualquer órgão estabelecesse as regras que quisesse, e isso contrariaria a Constituição Federal. A decisão foi tomada com base nos princípios da isonomia, legalidade e da razoabilidade", explica.

Diversidades - histórias de brasileiros... de verdade!

Publicação da TV Justiça: http://www.tvjustica.jus.br/index.php

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