domingo, 13 de março de 2011

Programa Refrão

O rock brasiliense em destaque no Refrão

Uma cidade com poucas opções de lazer principalmente para os mais jovens. Assim era Brasília, até a década de 1980. Para fugir do tédio, a música era a principal alternativa para adolescentes como Renato Russo, Dinho Ouro Preto, Hebert Viana e Philippe Seabra. Nomes bem conhecidos no meio artístico e que deram origem a um estilo musical com identidade própria: o rock brasiliense. No Refrão desta semana, Phillippe - o vocalista da Plebe Rude, conta os detalhes dessa geração, ao som de uma das canções mais conhecidas dos anos de 1980: Até quando esperar - um protesto contra as desigualdades sociais, composto por ele, Gutje (baterista) e André X (baixista).

Segundo Philippe, a cidade teve influencia direta na formação dos músicos da capital, nas décadas de 1970 e 1980: "O design de Brasília foi feito para ser uma ilha. Foi um dos maiores apartheids do mundo. Seu cinturão verde mais ou menos serve como muralha de distanciamento e de um IPTU bem caro, que afasta as pessoas que não tem tantas condições". Nesse sentido, o professor de geografia da Universidade de Brasília, Tony Marcelo comenta: "Brasília já nasceu sobre a égide da segregação espacial. A massa que veio construir a cidade, convidada pelo presidente, não teve direito e acesso ao mobiliário urbano da capital e a qualidade de vida que ela exigia".

E para os fãs da Plebe Rude, uma novidade: neste ano em que o grupo completa três décadas, um álbum inédito será divulgado! Quem quiser saber mais detalhes, acesse: www.pleberude.com.br

Você não pode perder: O Refrão com Philippe Seabra, vocalista da Plebe Rude. Refrão: A música que dá o que falar!


Confira a letra da canção:

Até quando esperar
André X/Gutje/Philippe Seabra

Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição

Com tanta riqueza por aí
Onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar?

E cadê a esmola
Que nós damos sem perceber
Que aquele abençoado
Poderia ter sido você

Com tanta riqueza por aí
Onde é que está
Cadê sua fração?
Até quando esperar?
A plebe ajoelhar
Esperando a ajuda de Deus

Posso vigiar teu carro
Te pedir trocados
Engraxar seus sapatos

Sei, não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição

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