Em 1984, a canção "Caminhoneiro" era uma das mais ouvidas em todas as rádios. Para se ter uma idéia, a canção chegou a ser tocada três mil vezes em um único dia nas emissoras de todo país. Esse sucesso musical absoluto é o tema do Refrão desta semana. A composição escrita por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e John Hartford ganhou novo ritmo na regravação da banda brasiliense Velhos Usados. Em debate, o dia-a-dia desses profissionais que respondem por 62% do transporte de cargas feito dentro do Brasil.
Como a própria música mostra, os caminhoneiros estão na estrada o tempo inteiro, faça chuva ou faça sol: "Se é de dia eu ando mais veloz / E à noite todos os faróis / Iluminando a escuridão / Como bom caminhoneiro / Peguei chuva e cerração". Além de, em muitos casos, trocar o dia pela noite, esse profissional tem que lidar com vários desafios, como a falta de estrutura das rodovias, a jornada excessiva de trabalho e as quadrilhas especializadas em roubo de cargas. "Deve ser um grande transtorno. Na rodovia você não tem defesa, não há pra onde correr", comenta Diego Marx, o vocalista da banda.
Sobre o roubo de cargas, o inspetor Alvarez, da Polícia Rodoviária Federal, afirma que, ao contrário do que muita gente imagina, ele acontece principalmente nas cidades: "A maior parte desses roubos ocorre nas regiões metropolitanas e em horários comerciais. E o que mais contribui para este crime não é a falta de policiais nas estradas, mas sim a receptação. Para se ter uma idéia, apenas 17% desses roubos ocorrem nas rodovias", esclarece o inspetor.
Conheça a letra da música:
Caminhoneiro
Roberto Carlos, Erasmo Carlos e John Hartford
Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada
E o meu amor aumenta mais
Porque eu penso nela no caminho
Imagino seu carinho
E todo o bem que ela me faz
A saudade então aperta o peito
Ligo o rádio e dou um jeito
De espantar a solidão
Se é de dia eu ando mais veloz
E à noite todos os faróis
Iluminando a escuridão
Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela
Eu sei
Todo dia nessa estrada
Do volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela
Já rodei o meu país inteiro
Como bom caminhoneiro
Peguei chuva e cerração
Quando chove o limpador desliza
Vai e vem no parabrisa
E bate igual, meu coração
Doido pelo doce do seu beijo
Olho cheio de desejo
Seu retrato no painel
É no acostamento dos seus braços
Que eu desligo meu cansaço
E me abasteço desse mel
Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela
Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela
Todo dia quando eu pego a estrada
Quase sempre é madrugada
E o meu amor aumenta mais
Olho o horizonte e vou em frente
Tô com Deus e vou contente
Meu caminho eu sigo em paz
Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela
Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela
Eu sei
Tô correndo ao encontro dela
Coração tá disparado
Mas eu ando com cuidado
Não me arrisco na banguela
Eu sei
Todo dia nessa estrada
No volante eu penso nela
Já pintei no pára-choque
Um coração e o nome dela
O nome dela...
O nome dela...
O nome dela...
O nome dela...
O nome dela...
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