Carreiras fala sobre o mercado do Direito Securitário
“O seguro é considerado um bem superior. As pessoas de classe média, classe média alta, classe mais abastada têm propriedades e interesse em se garantir. Onde tem poder aquisitivo mais alto, você tem um volume maior de trabalho”. Essas palavras são do advogado securitário Eugênio Bomtempo, entrevistado do Carreiras desta semana. Neste programa ele mostra que o mercado só cresce, e que trabalhos para quem se aventura nesta profissão não faltam; basta pensar que quem compra hoje em dia um carro novo, pensa logo em fazer um seguro antes de tirar o veículo da loja.
Você vai ver como funciona o mercado e as maneiras de estar preparado para ele.
Importante saber que há 50 anos nenhuma seguradora podia vender diretamente os seguros. Só os corretores credenciados pela SUSEP - Superintendência de Seguros Privados - tinham autorização de negociar valores. Isso tornou os custos mais acessíveis. Em contrapartida, as seguradoras ficaram mais vulneráveis ao mercado. É aí que entram os advogados, peças fundamentais para garantir os direitos de todas as partes. O profissional pode trabalhar tanto para uma seguradora quanto para um indivíduo.
Na entrevista com a jornalista Neila Medeiros e o estudante de Direito Thiago Ferreira, Bomtempo explica que um dos desafios da profissão é conciliar os direitos coletivos e individuais de contratantes. “No Direito Securitário, como envolve uma quantidade muito grande de pessoas que contratam um seguro - à semelhança de um condomínio - o direito daquela mutualidade coletiva se sobrepõe ao individualismo da parte. Porém, essa parte também pode, com base no Código do Consumidor - que é uma construção jurisprudencial - se opor àquele direito da mutualidade coletiva ao seu direito individual. Então há um conflito de normas”.
Conversamos também com o estagiário Alexandre Barros para saber outra visão desta carreira. Há um ano na equipe do advogado securitário, Barros conta no programa que participar de estágio com alguém experiente é a melhor maneira de conhecer o mercado. “Uma oportunidade dessas para a gente ampliar nossos conhecimentos, lidar com essa profissão, que tem uma qualificação muito grande (...) é muito gratificante”.
As fraudes são recorrentes entre as causas deste advogado. Uma boa preparação profissional pode ser uma aliada em situações dessa natureza. Dentre outras funções, o advogado securitário pode ainda “entrar com ações de indenização para recebimento de seguro, fazer defesa para as seguradoras, e ações de ressarcimento de valores” explica Eugênio Bomtempo.
Apesar do mercado ter muito potencial de desenvolvimento, é exigido que o profissional deste ramo tenha qualificação sólida. Algumas obras foram indicadas para que os interessados possam adquirir conhecimentos básicos sobre a área. Entre eles, “Direito de Seguro no Cotidiano”, de Ricardo Bechara Santos; e “Seguro Interpretado pelos Tribunais” de Wilson Bussada.
Livros recomendados:
DIREITO DE SEGURO NO COTIDIANO
Ricardo Bechara Santos
SEGURO INTERPRETADO PELOS TRIBUNAIS
Wilson Bussada
DIREITO DE SEGURO
João Marcos B. Martins
Lídia de Souza Martins
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