Fórum fala dos benefícios da máquina unificada de cartão de crédito
O programa Fórum debate o fim da exclusividade de bandeira nas máquinas de cartão de crédito, que entrou em vigor no dia 1º de julho. A medida tem o objetivo de beneficiar consumidores e empresários com a redução da taxa de serviços e, consequentemente, do preço final dos produtos, já que o fim da exclusividade acaba com a exigência de várias máquinas em um mesmo estabelecimento.
O programa Fórum debate o fim da exclusividade de bandeira nas máquinas de cartão de crédito, que entrou em vigor no dia 1º de julho. A medida tem o objetivo de beneficiar consumidores e empresários com a redução da taxa de serviços e, consequentemente, do preço final dos produtos, já que o fim da exclusividade acaba com a exigência de várias máquinas em um mesmo estabelecimento.
Walter Moura, diretor do Brasilcon - Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor - afirma que as credenciadoras de cartão formavam um oligopólio antes de a norma entrar em vigor. “Os credenciadores formam um setor oligopolizado - são poucas pessoas com muito poder. Quem concentra poder, concentra a regra, e o que acontece no Brasil é que nós temos um dos maiores juros para operação de crédito no mundo.”
O aluguel de várias máquinas de cartão de crédito representava mais um dos custos que oneram os lojistas. Roque Pellizzaro Júnior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), apresenta os números. “Uma compra com cartão de crédito custa para o lojista em torno de 6 a 10%, dependendo do setor, na venda de 30 dias.” O fim da exclusividade de bandeira já traz resultados positivos. “Com essa nova implementação, já deixa de ser cobrada no Brasil a taxa de aluguel das máquinas. Nós já temos inúmeros lojistas que zeraram o preço do aluguel das máquinas só negociando após a quebra dessa exclusividade”, afirma.
E esse benefício para os lojistas será repassado ao consumidor? É o que espera o advogado Walter Moura. “A expectativa do consumidor é de que realmente haja um repasse de redução de custo para o preço final dos produtos.”
O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, alerta, no entanto, que a não cobrança de aluguel por si só não representará um repasse imediato de desconto para o consumidor. O que garantirá esse benefício é a redução na taxa administrativa, que é cobrada do lojista pela credenciadora, sobre o valor de cada venda e que agora, com a concorrência, pode ser negociada. “Eu não acredito que o puro desconto no aluguel da máquina impacte nos preços dos produtos, vai impactar no lojista muito pequeno, no grande não vai ser muito significativo. Agora, a redução na taxa de desconto, que nós acreditamos que caia entre 20% e 35% no médio prazo, isso já está acontecendo através das negociações”, explica.
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