terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Programa Refrão

Refrão conversa com compositora de “Temporal”

"Ventania de arrepiar. Uma chuva diluvial. O riacho não deu vazão. Tanta água a transbordar". Foi com versos como esses que a cantora brasiliense Vanessa Pinheiro ganhou o último Festival Candango Cantador. A música "Temporal", composta por ela e por Mario Jovita, pai da cantora, tem forma de poesia e explica como esse fenômeno natural destrói e reconstrói paisagens e a vida das pessoas. A canção é o tema do Refrão desta semana.

O programa fala sobre o medo que as pessoas mais antigas tinham dos temporais e como elas lidavam com isso. Vanessa conta que a avó dela, por exemplo, rezava bastante. Já nas ruas, ouvimos depoimentos de quem fazia e faz simpatias para espantar o temporal. O advogado especialista em Direito do Consumidor, Walter Moura, também participa do Refrão e explica em que casos é possível haver reparação por parte do Estado por perda material provocadas por fenômenos naturais.

Sobre o medo da chuva, Vanessa Pinheiro garante que não tem, mas reconhece que é melhor não estar na rua: "Quando você está seguro dentro do seu apartamento, vendo a chuva cair do lado de fora, é tranquilo, né?". Mas, se a casa estiver em área de risco? Segundo Walter Moura, o melhor é buscar informações sobre o imóvel: "O mercado já se adapta a essas situações. Em áreas que são afetadas por temporais, ele tende a valorizar ou desvalorizar casas nessas regiões. Além disso, o vendedor tem obrigação de dizer, em razão da boa-fé, se aquela área é ou não de risco". Por outro lado, como ao final da música, a cantora também fala sobre o lado bom da chuva forte: "por mais que seja água demais, o temporal vem como refresco". E depois quando ele passa é como a canção ensina: "O céu se abriu. A terra já secou. Um arco-íris surgiu. A vida recomeçou".



Conheça a letra da música:

TEMPORAL
Vanessa Pinheiro / Mario Jovita

Voou roupa lá do varal
Pé de vento varreu o chão
Dia claro virou um breu
Tava armado o temporal
Correria pro barracão
Foi um tal de querer rezar
E no peito tanta aflição
Que mal dava pra respirar
Muito estrondo, muito clarão
Ventania de arrepiar
Uma chuva diluvial
O riacho não deu vazão
Tanta água a transbordar
Fez de tudo um brejo afinal
Veio um raio e matou então
Nosso velho jequitibá
E queimou o meu coração
Que um dia gravei por lá
Chega o sol brilhando pra mostrar
Que tudo no mundo há de passar
O céu se abriu
A terra já secou
Um arco-íris surgiu
A vida recomeçou

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