segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Programa Brasil.Jus

Brasil.Jus visita o Paraná

Nesta semana, o Brasil.Jus desembarcou no Paraná. A primeira parada foi na simpática Cornélio Procópio, que cresceu na década de 20 ao redor de uma estação de trem. A ferrovia funciona até hoje, transportando soja e café. Foi por lá que nossa equipe conheceu "Tião Mulinha", um artista de 81 anos que canta músicas do repertório country americano. Ele circula pelo centro da cidade com uma fantasia original e diverte os moradores com o seu vozeirão.

Outra atração de Cornélio Procópio é o Museu de História Natural com 1500 animais taxidermizados. É um dos maiores acervos de animais empalhados da América do Sul. O Brasil.Jus também descobriu na cidade uma moradora que faz a diferença quando o assunto é solidariedade. A juíza do trabalho Ziula Sbroglio criou há dois anos o movimento "Cornélio Solidária". Com uma rede de voluntários que vão desde pequenos comerciantes a grandes empresas. Ela consegue arrecadar donativos como cestas básicas, brinquedos e eletrodomésticos. Tudo é doado para um asilo, uma creche e uma casa que abriga crianças vítimas de maus tratos. Há ainda um "sopão", distribuído com a ajuda dos voluntários em um bairro carente. Até os meninos de um time de futebol da periferia ganharam, graças ao projeto, lanche nos dias de treino e uniformes.

Rumo ao litoral paranaense, a segunda parada do Brasil.Jus foi Matinhos, que é bastante conhecida entre os surfistas profissionais pelas ondas que garantem manobras radicais. Além das ondas, a cidade encanta o visitante por causa das belas praias e, por isso, recebe muitos turistas. O comércio movimenta a economia e a tradição da pesca sustenta muitas famílias. Seu Adalto, por exemplo, vive no local há 40 anos e o seu sustento vem do mar.

Chegamos a Matinhos em pleno verão, com um calor quase insuportável. E a nossa equipe encontrou no Juizado Especial Cível e Criminal da cidade uma maneira despojada de atender a população: juízes e assessores usam sandália, bermuda e camisa. O figurino faz parte da "Operação Litoral", que há doze anos recruta juízes voluntários para trabalhar durante a alta temporada (entre dezembro e fevereiro). O objetivo é acelerar o atendimento por meio de audiências de conciliação e assim diminuir a quantidade de processos. Ali, gente como Dona Leonilda sai satisfeita. Em pouco tempo, ela se entendeu com o inquilino que atrasou o pagamento do aluguel. Cinco municípios são beneficiados com o projeto, incluindo a paradisíaca Ilha do Mel. Por lá, no verão, um posto do juizado é montado especialmente para resolver, na base de uma boa conversa, pendências dos moradores e também dos turistas - que triplicam nessa época do ano.

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