Refrão apresenta Sandra Duailibe interpretando Billy Blanco
Por meio da música "A banca do distinto", de 1959, do compositor Billy Blanco, Sandra Duailibe conversa com Noemia Colonna sobre os desafios de combater o preconceito e a discriminação racial. A interpretação da cantora é acompanhada pelo piano de Fernando Fontana.
Por meio da música "A banca do distinto", de 1959, do compositor Billy Blanco, Sandra Duailibe conversa com Noemia Colonna sobre os desafios de combater o preconceito e a discriminação racial. A interpretação da cantora é acompanhada pelo piano de Fernando Fontana.
Você vai conhecer um dos capítulos mais marcantes da Bossa Nova com a história do compositor, que fez parcerias com grandes nomes da música popular brasileira, como Elis Regina e João Gilberto. Willian Blanco Abrunhosa Trindade, mais conhecido como Billy Blanco, nasceu em Belém do Pará, em 1924. Arquiteto, músico, compositor e escritor, tem um estilo próprio: descreve acontecimentos com humor e exaltação. O samba de Billy foge da cadência do estilo da época.
Quando o preconceito também atinge o músico, Sandra Duailibe expõe, de maneira emocionante, as dificuldades enfrentadas para se manter no meio artístico. "Nas décadas de 50 e 60, quem cantava era bandido, drogado. Diziam que não era ambiente para mulher". A cantora também fala sobre a necessidade de amar e ser consciente de que todas as pessoas são iguais.
Nesta edição, o Refrão esclarece as diferenças entre preconceito e discriminação. O coordenador para assuntos de igualdade racial, João Batista, explica a importância do Estatuto da Igualdade Racial, sancionado pelo presidente Lula em julho deste ano. O documento promove políticas públicas de igualdade e oportunidades e combate à discriminação. "O Estatuto deu os primeiros passos, mas precisamos todos nós - negros e não negros - fazermos a nossa parte", completa o coordenador.
Confira a letra da canção:
A banca do distinto
Composição: Billy Blanco
Não fala com pobre, não dá mão à preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor
Pra que esse orgulho
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim: põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco afinal
Todo mundo é igual quando a vida termina
Com terra em cima e na horizontal
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