Conheça a realidade dos “filhos da lua” no programa Diversidades
No primeiro programa da série Diversidades você irá conhecer o universo dos albinos. André Cavalli e os irmãos Lorena e João Pedro Arurana abriram as portas de sua casa para contar um pouco sobre a sua vida. Alegrias, desejos, realizações, vitórias. Histórias de brasileiros de verdade.
O programa Diversidades vem com a proposta de mostrar o dia a dia de pessoas que têm limitações. No programa de estreia, o cotidiano de pessoas portadoras do albinismo - uma doença genética que se caracteriza pela falta de melanina nos pelos e pele de pessoas, plantas e animais. "A melanina nada mais é do que um filtro solar natural. No homem, quando exposto ao sol, a melanina filtra e diminui consequentemente a ação da radiação ultravioleta no núcleo celular. A falta de melanina, seja parcial ou total, leva a uma maior chance de queimaduras solares, um envelhecimento precoce e o surgimento de tumores malignos na pele", explica a dermatologista Bárbara de Paula.
Você vai conhecer a vida de André Cavalli - servidor público, casado, pai de uma garotinha de 4 anos e portador de albinismo. André é o segundo filho de uma família de quatro irmãos, sendo que três deles são albinos também. O dia a dia deste servidor público é regado à base de protetor solar e óculos escuros. Por questões de saúde, André precisa proteger a pele e os olhos. "Das limitações que eu tenho, a que atrapalha mais é a da visão, é o fato de eu não conseguir ler. Se eu for ler um jornal, tem que ter muita luz em cima para eu conseguir enxergar, e ainda forçando o olho. Se eu vou a um cinema, eu tenho que sentar mais próximo para poder enxergar a legenda. Tenho 10% da visão, com os óculos chega a 30% de correção, e isso facilita muito a vida, eu posso ler melhor, posso assistir televisão melhor", afirma André.
Os mesmos problemas são enfrentados pelos irmãos Lorena Araruna (13) e João Pedro Araruna (9). Filhos de pais não albinos eles contam que são diferentes sim, mas que os amigos da escola e da rua não estranham, e que levam uma vida praticamente normal. "Eu gosto de brincar no computar, e também na rua de queimada, de três cortes, pique-esconde", afirma Lorena. Mas apesar disso, eles têm que tomar bastante cuidado com a pele. "Às vezes eu tenho que pegar uma sombrinha para fazer sombra quando eu tenho que caminhar pra algum lugar, e a gente vai a pé. Eu não me incomodo com o protetor. Algumas pessoas reclamam que ele gruda na pele, mas eu não me incomodo", conta João Pedro.
Atualmente não existe uma lei específica que trate da questão referente aos albinos. Um dos portadores de albinismo mais atuantes é Roberto Bíscaro. Criador do blog "albino incoerente", Bíscaro luta por políticas públicas para atender a essa parcela da população. "O principal agora seria uma política pública que visasse a distribuição gratuita de protetor solar para os albinos", analisa Roberto Bíscaro.
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Mande sua sugestão para diversidades@stf.jus.br
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