Desastres ambientais em debate no Fórum
A doutora em Direito Ambiental Larissa Schmidt e o diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, Marcel Bursztyn, discutem os impactos do vazamento de petróleo no Golfo do México, ocorrido em abril passado. Desde então, estão sendo derramados no mar diariamente mais de seis milhões de litros de petróleo. Eles falam sobre os riscos de acidente semelhante aqui no Brasil.
A doutora em Direito Ambiental Larissa Schmidt e o diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, Marcel Bursztyn, discutem os impactos do vazamento de petróleo no Golfo do México, ocorrido em abril passado. Desde então, estão sendo derramados no mar diariamente mais de seis milhões de litros de petróleo. Eles falam sobre os riscos de acidente semelhante aqui no Brasil.
Para Marcel Bursztyn, "o que é surpreendente nesse caso é que não se tem remédio para o acidente, nem há certeza sobre as reais dimensões do vazamento." Bursztyn destaca ainda que há notícia de que a British Petroleum teve sinais de que havia risco de acidente, mas decidiu desligar o alarme, em vez de tomar providências e evitar o desastre. E completa: até agora, a BP já gastou 2 bilhões de dólares, enquanto a operação de prevenção não chegaria nem a dez por cento desse valor.
Larissa Schmidt afirma que é preciso haver "um mínimo de exigência de medidas preventivas." Ela destaca também que no Brasil "faltam essas normas e também fiscalização". A professora de Direito Ambiental lembra que "o setor de emergências do Ibama foi desativado e que, assim, as ações tomadas em caso de acidentes ambientais são apenas reativas. Não temos nem normas de emergência para atuar."
Bursztyn ressalta a importância de se tirar lições do acidente no Golfo do México. "Devem ser adotados mecanismos de prevenção" porque ficou claro nesse desastre que "não há ainda tecnologia eficaz para conter vazamentos de petróleo dessas dimensões" no mar.
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