domingo, 10 de outubro de 2010

Programa Refrão

Refrão discute o perdão com a música “Jogo Desonesto”

A intérprete de estilos variados, Alice Accorsi, e o violonista Raphael Paulista são os convidados do Refrão desta semana e apresentam uma bossa sensível, na música "Jogo Desonesto" - uma das letras mais tocantes do sambista carioca, Guilherme de Brito. A dupla conversa com a apresentadora Noemia Colonna sobre os desafios de perdoar. "Eu acho que a culpa é mais frequente do que o sentimento de perdão. A gente tem culpa por tudo. Perdoar é mais difícil", comenta a Alice.

O programa conta também a história de Guilherme de Brito, um compositor que estourou na música brasileira com quase 80 anos de idade. Essa edição do Refrão discute ainda como a Justiça trata o perdão. A advogada criminalista, Mariana Melluci, explica em que casos é possível conceder o Perdão Judicial - medida excepcional aplicada quando o sofrimento de quem cometeu o crime é maior do que a privação da própria liberdade. "As consequências trágicas daquele delito já são tão fortes para o agente, que torna desnecessária a ação do Estado", detalha. Ela ainda comenta sobre a dificuldade da sociedade em aceitar o perdão da Justiça. "Essa dificuldade que as pessoas têm de assemelhar sempre punição com prisão, ou com sanção penal, faz com que elas entendam que houve impunidade", avalia Mariana.



Confira a letra da música

JOGO DESONESTO
Composição: Guilherme de Brito e Nelson Sargento

Eu serei cruel se não lhe der perdão
Sem você a vida não tem solução
Eu sei que vou sofrer
Sei que vou chorar
Se acaso eu não tiver coragem
Pra lhe perdoar

Eu vou lhe aceitar sem fazer restrição
Passado é passado não importa não
Tenho uma proposta para reatar o nosso amor
Não há vencido nem vencedor

Um jogo desonesto sempre acaba mal
Já sei que eu não presto
E você não é legal
Você viveu traindo
Eu também fui um traidor
Por isso é tão lindo nosso amor

Agora você vem pra me pedir perdão
Eu vou lhe implorar
Pra perdoar meu coração
E neste amor fingido
Que nos causa tanta dor
Não há vencido nem vencedor

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